A taxa de
desemprego no País caiu 11% na comparação entre o primeiro trimestre de 2013 e
o mesmo período em 2014. No acumulado dos últimos 12 meses também houve queda,
passando de 7,1% para 6,9% no primeiro trimestre de 2014. Os dados fazem parte
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Continuada),
divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O
resultado indica tendência de aquecimento do mercado de trabalho brasileiro,
com taxas de desemprego mantidas em patamares baixos e o crescimento da
formalização e da renda.
O Nordeste se
destaca como a região que apresentou a maior queda nas taxas de desemprego, na
comparação entre o primeiro trimestre de 2014 (9,3%) e o mesmo período de 2013
(10,9%). Também foi registrada queda, de 9,8% para 9%, no acumulado dos últimos
quatro trimestres, de acordo com o levantamento. A faixa etária entre os 18 e
os 24 anos também foi beneficiada pelo aquecimento do mercado de
trabalho. Nesse segmento da população, a taxa de desemprego caiu de 16,4%
para 15,7%. Na comparação da média do ano de 2012 com 2013, a taxa caiu de
15,2% para 15,0%.
Os índices mais
elevados de desemprego observados nessa faixa refletem a crescente busca por
maior qualificação profissional, atendida pela oferta de cursos dentro de
programas como o Pronatec, e da expansão da rede pública de ensino superior.
Renda
A tendência de
redução do desemprego se mantém desde janeiro de 2003 e ganhou reforço a partir
de 2011. Nos últimos 40 meses, foram criados 4,96 milhões de empregos
formais, em uma média de 1,5 milhão de empregos por ano, de acordo com a série
histórica da PNAD. Com o crescimento da formalização no mercado de trabalho, a
renda segue a mesma tendência de alta. O rendimento real cresceu 29,6% de 2003
a 2013. A renda do trabalhador teve um aumento médio acima da inflação durante
todo este período.
Formalização
Os números são
resultado de um quadro econômico estável, aliado a uma série de medidas
adotadas pelo governo para estimular a geração de vagas. A desoneração da folha
de pagamento para setores intensivos em mão de obra, o que permite reduzir o
custo do trabalho preservando direitos do trabalhador e o incentivo à
formalização, com a criação da figura do Microempreendedor Individual (MEI)
contribuíram para esse cenário. As políticas de qualificação profissional, com
a execução do Pronatec, e a exigência do curso para o recebimento do
seguro-desemprego, colaboraram para melhorar o perfil do trabalhador brasileiro
e dos salários.
Fonte:
Portal Brasil