terça-feira, 6 de outubro de 2015

América Latina vai encolher 0,3% em 2015, diz Cepal

O crescimento da economia da América Latina sofrerá uma contração de 0,3% em 2015 pelo contexto externo desfavorável, indicou nesta segunda-feira (5) uma nova projeção da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). 
"A Cepal revisou em baixa a projeção do crescimento da atividade econômica da região para 2015 de 0,5% a -0,3%", indicou um comunicado divulgado por este organismo da ONU com sede em Santiago. 
Em julho, a Cepal reduziu sua projeção de crescimento de 1% a 0,5%, seu menor valor em seis anos. 
"Entre os principais fatores por trás da queda de crescimento estão a fraca demanda interna; um ambiente global marcado por um baixo crescimento no mundo desenvolvido; uma desaceleração importante nas economias emergentes, especialmente a China, o fortalecimento do dólar e uma volatilidade crescente nos mercados financeiros; e uma queda importante dos preços dos bens primários", declarou a Cepal. 
O organismo, no entanto, estima que para 2016 o crescimento da América Latina será próximo de 0,7%. 
A Cepal afirma que as economias da América do Sul, que baseiam sua economia na produção e na exportação de bens primários e com estreito vínculo comercial com a China, sofrerão uma contração de -1,3% em 2015. 
Entre os países mais afetados estão o Brasil, cuja economia sofreria uma contração de -2,8%, e a Venezuela (-6,7%), indicou a Cepal. 
Enquanto isso, o México e os países da América Central, influenciados pela economia dos Estados Unidos, terão um crescimento sustentado de 2,6% em 2015, enquanto o Caribe registrará 1,6%, estimou a Cepal.


Fonte: G1

Dólar fecha em queda, com expectativas sobre juros nos EUA

O dólar fechou em queda em relação ao real nesta segunda-feira (5), após nova rodada de dados fracos sobre os Estados Unidos alimentarem apostas de que os juros norte-americanos só subirão no ano que vem.

A moeda norte-americana caiu 1,14%, a R$ 3,9008 na venda, no menor nível em mais de duas semanas. Veja a cotação do dólar hoje. Na mínima desta sessão, o dólar chegou a R$ 3,8893.

Em 2015, o dólar acumula alta de 46,72% sobre o real. Para as empresas, a forte disparada do dólar pegou de surpresa até quem apostou em sua valorização. Empresas como a JBS, dona da marca Friboi, investiram pesado em contratos para proteger suas dívidas em dólar (hedge cambial). Agora não só estão blindadas, como vão colher cifras bilionárias em seus balanços.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h19, caía 0,656%, a R$ 3,9198

Às 10h10, caía 0,46%, a R$ 3,9276

Às 11h03, caía 0,49%, a R$ 3,9264

Às 12h12, caía 0,92%, a R$ 3,9091

Às 12h33, caía 1,16%, a R$ 3,9000

Às 12h52, caía 1,31%, a R$ 3,8939

Às 13h30, caía 0,97% a R$ 3,9072

Às 14h16, caía 0,73% a R$ 3,917

Às 14h45, caía 0,82% a R$ 3,9132

Às 15h05, caía 0,75% a R$ 3,9161

Às 15h25, caía 0,89% a R$ 3,9104

Às 15h45, caía 1,09% a R$ 3,9028

Às 16h15, caía 1,42% a R$ 3,8996

Às 16h35, caía 1,02%, a R$ 3,9054

Alta dos juros nos EUA

Na sexta-feira, dados mostraram que os empregadores nos EUA reduziram as contratações nos últimos dois meses e os salários caíram em setembro, informou a Reuters. Os números levaram o dólar a enfraquecer em relação às principais moedas emergentes, uma vez que a manutenção dos juros quase zerados nos EUA sustenta a atratividade de ativos de países em desenvolvimento.

Nesta sessão, dois relatórios fracos sobre o setor de serviços norte-americano corroboraram essa percepção.

O Federal Reserve, banco central dos EUA, aguardam sinais de recuperação da economia do país para aumentar os juros por lá. Por isso, dados fracos sobre o desempenho econômico alimentam expectativas de que essa alta deva levar mais tempo para acontecer.

"O Fed tem muitos argumentos para esperar até o ano que vem para subir juros", disse à Reuters o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Cenário interno

No Brasil, investidores seguem atentos ao cenário político.

"Temos um cenário muito difícil aqui, com a questão do TCU e os vetos presidenciais. Nesse cenário, o exterior é secundário", disse à Reuters o operador de uma corretora nacional, referindo-se à análise pelo Tribunal de Contas da União das contas públicas do governo de 2014, que pode abrir espaço para o impeachment da presidente Dilma Rousseff, e a votação no Congresso de vetos presidenciais com impacto sobre as finanças do governo.

O julgamento do TCU está marcado para quarta-feira. O governo federal vai questionar a isenção do relator do processo, ministro Augusto Nardes, por considerar que ele desrespeitou as regras da magistratura ao adiantar seu posicionamento sobre o caso em entrevistas a órgãos de imprensa.

Intervenção do BC

O Banco Central deu continuidade nesta manhã ao seu programa diário de interferência no câmbio, seguindo a rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Até agora, o BC já rolou US$ 1,534 bilhão, ou cerca de 15% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.

Entenda: swap cambial, leilão de linha e venda direta de dólares

Bovespa

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta nesta segunda-feira (5), pelo quinto dia consecutivo, acompanhando o viés positivo no exterior, diante de expectativas de que o banco central dos Estados Unidos adie a primeira alta dos juros em quase uma década.

Fonte: G1