sexta-feira, 22 de março de 2013

Campanha Salarial do Comperj termina com vitória dos trabalhadores e melhor Convenção da História





Depois de mais de dois meses de discussões e negociações, que começaram com uma assembleia dos trabalhadores no início de dezembro, a Campanha Salarial do Comperj foi encerrada com grandes avanços na nova Convenção Coletiva de Trabalho 2013-2014. Conduzidos pelo SINTICOM e as Comissões do Comperj, os trabalhadores mostraram união, força e organização durante toda a Campanha. Todos estão de parabéns, mais uma vez!
Confira abaixo os principais itens garantidos na nova Convenção. Percebam que alguns deles já foram cumpridos, já que são retroativos a 1º de fevereiro, data-base do Comperj.
1.       Vale Alimentação Extra – As empresas concederão Vale Alimentação Extra, uma só vez, no valor de R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais) para os trabalhadores, que será creditado até o 5º dia útil do mês de março de 2013;

2.       Reajuste de Salário – A partir de 1º de fevereiro de 2013 os salários dos trabalhadores serão reajustados na forma abaixo:

– os salários com valores até R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mensais serão reajustados pelo índice de 10% (dez por cento), incidente sobre os salários pagos em 01/02/2012;
– os salários com valores superiores a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mensais serão reajustados pelo índice de 7% (sete por cento), incidente sobre os salários pagos em 01/02/2012;
3.       Vale Alimentação – A partir de 1º de fevereiro de 2013 as empresas fornecerão Vale Alimentação no valor de R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais) mensalmente, mantidas as demais condições previstas na CCT 2012-2013;

4.       Cesta Natalina – no mês de dezembro de 2013, até o dia 20/12/2013, as empresas concederão Vale Alimentação a título de Cesta Natalina no valor de R$ 180,00 (cento e oitenta reais);

5.       A partir de 1º de fevereiro de 2013 as empresas pagarão mensalmente o valor equivalente a 30 (trinta) minutos diários nos dias de segunda a sexta-feira efetivamente trabalhados. O trabalhador que faltar ao trabalho por qualquer motivo, inclusive com atestados médicos, não fará jus ao valor equivalente a estes 30 (trinta) minutos relativos ao dia da falta;

6.       Dias Parados – os dias relativos à greve de fevereiro não serão descontados;
7.       As demais cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho 2013-2014 serão definidas e divulgadas em breve.
Não incluí as condições do não desconto dos dias parados, inclusive do não desconto do Vale Alimentação Extra, e falta dar nome ao item 5 – sugiro Abono assiduidade ou algo parecido.

Dilma Rousseff empossa Manoel Dias como novo ministro do Trabalho e Emprego.
















Foto: Valter Campanato/Abr


A presidenta Dilma Rousseff deu posse na manhã deste sábado (16), no Palácio do Planalto, ao novo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Em seu discurso, lembrou que o conhece há mais de 30 anos e por isso sabe de sua capacidade para comandar o Ministério do Trabalho e Emprego. A presidenta destacou também o comprometimento do novo ministro com os direitos dos trabalhadores e chamou a atenção para a necessidade do MTE se modernizar. “O Ministério do Trabalho tem que cada vez mais se modernizar para atender todos esses desafios”, afirmou.

Manoel Dias tem 74 anos, é advogado e fundador do PDT junto com Leonel Brizola - de quem foi secretário por mais de 30 anos. Atualmente, ocupa a função de secretário geral do partido. Natural de Içara (SC), mas registrado em Criciúma, na década de 60, foi líder estudantil e presidente da União Catarinense de Estudantes (UCE). Eleito vereador em 1962 pelo antigo PTB, foi preso político e teve o seu mandato cassado pelo golpe militar de 1964. Em 1967 disputou novo mandato, desta vez de deputado estadual – elegeu-se - mas foi novamente cassado. Desta vez com base no Ato Institucional Número 5, perdendo também os seus direitos políticos por 10 anos.

Graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Manoel Dias tornou-se por concurso promotor público-adjunto e, posteriormente, auditor fiscal da Receita Federal. Voltando a militância política, mais tarde foi nomeado secretário de Ação Social do município de Criciúma. Em 1979, convidado por Leonel Brizola, ajudou inicialmente na refundação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) em Florianópolis, trabalhando ao lado do também catarinense Doutel de Andrade e outros líderes do Trabalhismo. Com a perda da sigla, ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Articulador e interlocutor de Brizola, foi um dos coordenadores da campanha do pedetista à Presidência da República, de 1989. Antes, integrara o comitê suprapartidário das “Diretas Já!” e fora um dos homens de confiança de Brizola na direção do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj), posteriormente privatizado. Manoel Dias é um dos principais líderes do PDT nacional atualmente, ocupando a Secretaria Geral do partido e também a presidência da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini, de estudos políticos. Nesta condição integrou o Conselho Político da campanha de Dilma Roussef à presidência da República, em nome do PDT.

À frente da fundação de estudos políticos Leonel Brizola/Alberto Pasqualini, do PDT, é o responsável pela criação da Universidade aberta Leonel Brizola, ferramenta partidária de preparação de quadros através de modernos instrumentos de comunicação como a web, o rádio e a televisão - interligando a militância pedetista de todo Brasil.

Em janeiro último, Manoel Dias assinou convênio de cooperação entre o PDT e a escola de formação de quadros do Partido Comunista Chinês (PCC), estabelecendo a realização de seminários de organização e gestão partidária. Com mais de 50 anos dedicados ao Trabalhismo, Manoel Dias tem percorrido o Brasil de Norte a Sul trabalhando na organização partidária.