terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Dólar opera instável com acordo grego e notícias sobre BC dos EUA

O dólar opera instável frente ao real nesta terça-feira (24), após ter superado R$ 2,90 pela primeira vez em mais de dez anos na máxima da véspera, em sua quinta alta seguida. À tarde, um movimento de queda se acentuou, após a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, trazer alívio aos investidores que temiam uma sinalização mais contundente sobre o momento em que os juros começarão a subir nos Estados Unidos.
Por volta das 14h24, a moeda norte-americana tinha queda de 1,07% frente ao real, negociada a R$ 2,8484 na venda. Veja cotação
O mercado também comemorava a notícia de que a Grécia apresentou a seus credores umalista de reformas necessárias a um acordo para a extensão do pacote de ajuda financeira ao país.
O dólar chegou a anular a queda logo antes do início do pronunciamento de Yellen, à medida que investidores se protegiam contra a possibilidade de que ela sinalizasse de maneira mais forte uma iminente alta de juros pelo Fed. Na máxima do dia, a divisa alcançou R$ 2,8917, segundo a Reuters.
Mas, na avaliação de analistas, o pronunciamento da chair do Fed não trouxe grandes novidades. Ela afirmou que, antes de elevar os juros, o banco central dos EUA eliminará a palavra "paciente" de seu comunicado, mas que isso não garante que o aperto monetário terá início logo em seguida.
"Yellen está mantendo a mente aberta, ainda sem pressa para dar um sinal de que a alta dos juros está próxima", disse o estrategista-chefe de mercados do Drivewealth, Brian Dolan à Reuters.

Crise na Grécia
A Grécia entregou a seus credores europeus um documento em que promete não voltar atrás em nenhuma privatização em andamento ou finalizada e que garante que qualquer gasto estatal para lidar com uma "crise humanitária" não afetará seu orçamento.
Autoridades gregas e dos países credores confirmaram que o documento é suficiente para estender o programa de ajuda financeira a Atenas.
"A situação na Grécia parece estar caminhando na direção certa", disse à Reuters o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Investidores temiam que o impasse entre a Grécia, a União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI) pudesse levar Atenas a ser forçada a sair do bloco monetário, golpeando a lenta recuperação econômica global. Agora que o fluxo de notícias parece mais favorável, o apetite por risco voltava aos mercados.

Cenário interno
No Brasil, os esforços do governo para defender as medidas de ajuste fiscal que vêm encontrando obstáculos na base aliada também traziam algum alívio ao mau humor dos agentes financeiro.
Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 100 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.900 para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a US$ 97,8 milhões.
O BC também vendeu a oferta integral de até 13 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões. Ao todo, já rolou cerca de 85% do lote total.
Na véspera, a moeda avançou 0,02%, negociada a R$ 2,8792 na venda, renovando máxima em mais de uma década. Na máxima da sessão, a divisa chegou a R$ 2,9046, maior cotação desde setembro de 2009.

Fonte: G1

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