terça-feira, 7 de abril de 2015

Preocupada com crise de água, empresa expande 'home office'

E se faltar água no prédio do escritório? Foi a partir dessa preocupação que a incube, investidora e desenvolvedora de aplicativos e plataformas mobile, decidiu montar um plano de expansão do chamado teletrabalho ou "home office". Hoje, o percentual de funcionários e colaboradores que trabalham à distância gira entre 5% a 10%. Mas a meta é chegar a 30% até o final do ano.

A empresa, com sede em Higienópolis, em São Paulo, decidiu se preparar para um possível agravamento da crise hídrica agora no outono e até mesmo para a possibilidade de um racionamento de água.
"Se a situação se agravar, temos condições de ter entre 50% e 70 em home office", diz Sheyla Angelotti, diretora de Recursos Humanos da encubadora, que emprega mais de 70 funcionários e engloba startups como a 99motos, KiiK e Vá de Táxi.
"Optamos por estar em São Paulo e conviver com as características dessa metrópole. Mas se São Paulo parar, não podemos parar a nossa produção", explica a diretora. "Tecnicamente, consigo manter toda estrutura à distância por 15 dias. Mas por sermos uma empresa de tecnologia, privilegiamos o compartilhamento do conhecimento", acrescenta.
No modelo adotado, o "home office" tem sido aplicado numa espécie de rodízio dos funcionários, que alternam dias de trabalho em casa e no escritório. "Por semana, a pessoa fica de 3 a 4 dias, no máximo, em casa e 2 na base", diz a porta-voz da empresa.
Qualidade de vida
Por se tratar de uma empresa de tecnologia, na qual o compartilhamento de conhecimento é um dos ativos de maior valor, a encubadora se preocupou em desenvolver também uma engenharia de ferramentas e plataformas para a gestão da comunicação com videoconferências.
“Fora o meu time de atendimento e o administrativo, todas as outras equipes da empresa podem trabalhar à distância. Toda a nossa produção é na nuvem, então não há problemas de acesso a servidor. Tenho produção e a qualidade garantidos", explica Sheyla.
Segundo a empresa, a modalidade de trabalho mais flexível, além de mais sustentável, também tem trazido ganhos de produtividade.
"O grande benefício é você melhorar a qualidade de vida, satisfação e engajamento do seu colaborador, que numa metrópole como São Paulo chega a perder de 2 a 3 horas por dia no trânsito", afirma a diretora.
Apesar de toda a precaução, a empresa afima que ainda não sofreu nenhum problema ou restrição no abastecimento de água do prédio. “Ainda não sofremos nenhum impacto com a crise hídrica. O que a gente tem na região é queda de energia quando chove muito e há quedas de árvores", diz Sheyla.
"Queremos estruturar estes projetos para aumentar a possibilidade de trabalho à distância não só para o período de possível racionamento, mas para a utilização mais inteligente dos recursos, porque a gente sabe que o problema não vai acabar tão cedo", conclui.

Fonte: G1

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